Por que suamos quando ficamos nervosos?

12/05/2017 20:17

A maioria de nós já passou por situações adversas, como uma briga na escola ou uma apresentação perante uma grande platéia, por exemplo. Nessas ocasiões, consideradas por muitos como experiência estressantes, sentimos o coração acelerar, as pernas tremerem, a respiração ficar ofegante e as mãos e testas ficarem úmidas, o “suor frio”.

O suor é mais conhecido por sua função na regulação da temperatura corporal. Nossa temperatura deve ser mantida numa faixa que varia de 35,5º a 37ºC, aproximadamente. Para manter a temperatura constante, nosso organismo possui mecanismos de termorregulação, um dos quais é a transpiração. O suor é produzido por diferentes glândulas, chamadas écrinas (presentes em todo corpo, mas concentradas especialmente na testa, palmas das mãos e plantas dos pés), apócrinas (presentes principalmente na região genital e nas axilas) e as glândulas mistas (também presentes na região genital e axilas). Quando recebem estímulos, como o aumento da temperatura ambiental ou aumento da temperatura corporal devido à atividade física, por exemplo, as glândulas écrinas produzem o suor, graças ao comando de uma região específica do cérebro, o hipotálamo: com a produção e evaporação do suor na superfície do corpo, é possível reduzir a temperatura do organismo; em tais situações, além de suarmos, os vasos sanguíneos superficiais se dilatam, para facilitar a troca de calor com o meio.

Porém, além do hipotálamo, há outras regiões do cérebro que podem estimular a produção de suor pelas glândulas écrinas, especficamente em situações de estresse emocional, que são o neocortex e os centros límbicos. Em situações como essas, quando o corpo pensa nos preparar para uma luta ou para “fugir" de algo que considera “perigoso”, ocorre constrição dos vasos sanguíneos de regiões próximas à pele, para evitar a perda de calor, já que nesses casos a produção de suor não visa a termorregulação, mas possivelmente aumentar a sensibilidade de certas partes do corpo.

Dessa forma, quando estimuladas pelo neocortex e centros límbicos, nossas glândulas écrinas produzem o “suor frio”, quando ficamos nervosos.